domingo, 13 de julho de 2008

INDIFERENÇA

O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro.Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.
Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.

MARTHA MEDEIROS

sábado, 28 de junho de 2008

TEMAS DE ESPERANÇA


Quem goste de pessimismo, e se queixe de solidão, observe se alguém estima repousar no espinheiro.
*
Pense que se não houvesses nascido para melhorar o ambiente em que vives, estarias decerto em Planos Superiores.
*
Com a lamentação é possível deprimir os que mais nos ajudam.
*
Se pretendes auxiliar a alguém, começa mostrando alegria.
*
A conversa triste com os tristes, deixam os tristes muito mais tristes.
*
Quem disser que Deus desanimou de amparar a Humanidade, medite na beleza do Sol, em cada alvorecer.
*
Se tiveres de chorar por algum motivo que consideres justo, chora trabalhando, para o bem, para que as lágrimas não se te façam inúteis.
*
Nos dias de provação, efetivamente, não seriam razoáveis quaisquer espetáculos de bom humor, entretanto, o bom ânimo e a esperança são luzes e bênçãos em qualquer lugar.
*
Guarda a lição do passado, mas não percas tempo lastimando aquilo que o tempo não pode restituir.
*
Quando estiveres à beira do desalento pergunta a ti mesmo se estás num mundo em construção ou se estás numa colônia de férias.
*
Deus permitiu a existência das quedas d’água para aprendermos quanta força de trabalho e renovação podemos extrair de nossas próprias quedas.
*
Não sofras pensando nos defeitos alheios; os outros são espíritos, quais nós mesmos, em preparação ou tratamento para a Vida Maior.
*
Se procuras a paz, não critiques e sim ajuda sempre.
*
Indica a pessoa que teria construido algo de bom, sem suor e sofrimento.
*
Toda irritação é um estorvo no trabalho.
*
Deixa um traço de alegria onde passes e a tua alegria será sempre acrescentada mais à frente.
*
Quem furta a esperança, cria a doença.
*
O sorriso é sempre uma luz em tua porta.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Companheiro. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 25 edição. Araras, SP: IDE. 1999.

REFLEXÃO...

Às vezes, é preciso esquecer um pouco a pressa e prestar mais atenção em todas as direções ao longo do caminho...
A pressa cega os olhos.
E deixamos de observar tantas coisas boas e belas que acontecem ao nosso redor..
Às vezes, o que precisamos está tão próximo..
Passamos, olhamos, mas não enxergamos!!
Não basta apenas olhar.
É preciso saber olhar com os olhos, enxergar com a alma e apreciar com o coração...

Autor desconhecido.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

APRENDER A OUVIR

"Mas todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar". (Tiago, 1:19.)

"Analisar, refletir, ponderar são modalidades do ato de ouvir. É indispensável que a criatura esteja sempre disposta a identificar o sentido das vozes, sugestões e situações que o rodeiam. Sem observação, é impossível executar a mais simples tarefa no ministério do bem. Somente após ouvir, com atenção, pode o homem falar de modo edificante na estrada evolutiva. Quem ouve, aprende, Quem fala, doutrina".


Emmanuel
Psicografia de Francisco Cândido Xavier